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sábado, 24 de março de 2012

Restart Rock?




  Acabei de ler um post que dizia que o Restart era rock de verdade isso me intrigou um pouco, o que é rock ?

  Rock é tudo aquilo que um jovem ama e seus pais desprezam. Rock é rebelião adolescente. Arte, poesia, sucesso, “tocar bem” .  Rock não é só "roupas pretas" mais sim um estilo,uma forma de protesto usado a musica para isso.

  O rock brasileiro estagnou, sem nem uma banda nova de qualidade sempre os mesmos "dinosauros" Titãs,Paralamas,Charlie Brown Jr. e etc......,mais não significa que qualquer uma banda pode ser chamada de o novo rock brasileiro com essas musicas comercias sem atitude alguma, sem conteúdo. 

  Será mesmo que o Restart é rock de verdade com esse som comercial, com musicas com  refrão pegajosos,com esse jeitinho deles colorido?

 Vou dar alguns motivos para o Restart não ser um banda de  rock:

  O rock já mostrou o dedo médio (Johnny Cash), a língua (Rolling Stones), fez chifrinho com a mão (Black Sabbath) e cerrou os punhos (Rage Against The Machine). Todos eloquentes sinais de contestação, rebeldia e provocação. Nos anos 2010, eis que o Restart inventa de se comunicar com seus fãs unindo as duas mãos pelas pontas dos dedos, de modo a formar um “coração de mãozinha”. A plateia vai ao delírio com o gesto, que tem como variação o "coração de braço", feito com dois integrantes, que unem seus braços no símbolo do amor.
 
  Para os padrões familiares, o rock sempre foi feio, sujo ou malvado. A fama vem também da roupa – geralmente, jaqueta de couro, jeans rasgado, coturno militar e correntes pesadas. O Restart, em vez disso, criou a moda de camisetas e calças de cores vibrantes, com jeito de recém-saídas da loja. Bastante apropriadas para uma boy band como a oitentista Menudos – com adição de cabelo de calopsita.
   
   Há quem veja poesia nas letras de alguns medalhões do rock, como Lou Reed ou Bob Dylan. A verdade é que isso nunca importou tanto. Mas tudo tem limite. Igualar as rimas em sacarose à pobreza das letras dignas de breganejo universitário, pode ser considerado o penúltimo prego no caixão do rock. Restart bate esse martelo com louvor, confira abaixo:

Deixe eu te fazer feliz
Como eu sonhei, como você sempre quis
(Amanhecer no teu Olhar, Restart)

Eu escutei sua voz ao vento
Senti seu cheiro cada vez mais perto
(Sinais, Luan Santana)

 ‘A família Restart não vai deixar barato!’, bradou uma menina, para em seguida pronunciar uma frase sem pé nem cabeça, por causa de um show da banda que foi cancelado. A presepada virou hit no Youtube. Se não estão unidos por laços de sangue, fãs e membros da banda esbanjam união em frases desconexas, corações de mãozinha e muita, muita alegria. Mas há um problema na gênese da idéia: o rock não é coisa de família – o que se explica a seguir.

  Se o seu pai gosta – ou não se preocupa – não pode ser bom. Essa é uma espécie de lei do rock, que tem uma história pautada pela ousadia e pela contestação. De Beatles a Iggy Pop, de The Cure a Sepultura, o estilo musical sempre causou discórdia em casa. Adolescentes de um lado, pais de outro. O rock é contra o sistema, seja ele qual for, inclusive o familiar. Uma família colorida que não se rebela, nem protesta contra nada, e sorri sem economia, é o sonho de todo pai de adolescente. Rock é outra coisa.
   












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